sexta-feira, abril 09, 2004

Que fazem na Páscoa os ateus?
Gosto da história do Filipe que tinha Síndroma de Down e era posto de parte pelos seus colegas. Um dia, durante a época da Páscoa, a professora para tentar ilustrar esta verdade tão bonita do renascer da natureza e da Ressurreição de Cristo, deu uma caixinha de cartão a todos os alunos da classe. Tinham uma missão: ir para o campo e trazer de volta um símbolo da Páscoa. Os garotos foram em alegre algazarra cumprir a tarefa. De volta, colocaram as caixinhas em cima da mesa da professora. Um a uma a professora foi abrindo as caixas. A primeira tinha lá dentro uma borboleta que saiu voando assarapantada. “Que lindo!” – exclamaram as crianças. A caixa seguinte continha um ramo singelo de flores silvestres. “É a natureza a voltar à vida” – dizia a professora, passando a outra caixa. A caixa seguinte estava ... vazia. Simplesmente vazia. “Assim não vale” – disse a miudagem – “alguém fez batota”. “É minha” – interveio o pequeno Filipe. “Pois é, nunca fazes nada de jeito” – gozaram os colegas. “Eu fiz bem! Está vazia porque o túmulo também estava vazio” – explicou o Filipe. O silêncio que caiu na sala foi espantoso e luminoso. Compreenderam.
Por vezes pergunto-me o que fazem os cépticos e os não-crentes durante a Páscoa? No natal sabemos. Comem peru engordado no aviário. E na Páscoa? Comem borrego!? Certamente que não! Não podem partilhar do símbolo máximo da morte e Ressurreição de Cristo. Seria, digamos, ... incoerente! Na Páscoa, quando a Igreja de Cristo celebra o Seu poder sobre a morte e a esperança da restauração futura da natureza, que fazem os ateus!? O humanismo poderá ajudar para o dia a dia desta existência bacoca, mas deixa qualquer céptico-ateu-descrente, vazio diante dum túmulo frio. Porque ninguém pode escapar à realidade da morte. Quer estejamos no outono da vida ou no seu clímax, todos seremos confrontados com a morte. Por exemplo, quando o leitor acabar de ler este post, 5 pessoas terão morrido à volta do mundo.
Mas, o céptico pede um sinal. Provas e documentação. Que provas? Que informação? Há mais evidências da Ressurreição de Cristo do que há sobre a existência de Júlio César. Há mais provas sobre a morte e Ressurreição de Cristo do que factos que provem que Alexandre o Grande morreu com 33 anos. Os cépticos são uns ingénuos aceitando milhões de factos minúsculos sobre uma miríade de coisas, sobre as quais existem apenas fios ténues de evidência. Cristo durante a Sua última semana de vida teve uma frase demolidora: “da boca dos pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor” (Mateus 21:16). Mas é claro que os cépticos e os ateus deste mundo, serão “crescidos” de mais para louvarem a Deus. Resta-lhes uma alternativa coerente com a sua descrença. Enfiem-se num túmulo frio e inóspito, enquanto os cristãos festejam. Olhem, o de Cristo está vazio. Ele não precisa dele. É que os vivos não têm necessidade de túmulos.
Samuel Nunes